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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Hoje eu estava andando sozinha na rua e um cara me assediou. Passou a mão em meu seio descaradamente e saiu andando como se não tivesse feito nada.
Como aquilo que ele tocou não tivesse sido um corpo, um ser humano, uma mulher.
Eu já sabia que machismo existia, mas nunca havia me sentido como me senti hoje. Como um objeto, um pedaço de carne.
O que eu fiz na hora? Empurrei o braço do cara e gritei. Mas não adiantou nada. As pessoas envoltas não se importaram. Fiquei ali parada, enquanto ele ia embora e tudo que eu sentia era impotência e humilhação.
Agora, horas depois, tomei coragem para escrever. Tanto para aliviar minha angústia, quanto para dizer que não devemos nos calar diante dessas situações.
Machismo existe sim, e não desejo que ninguém passe pelo que passei para saber.
Andar sozinha na rua não é um convite.
Minha roupa não é um convite.
MEU CORPO, ASSIM COMO O DE NENHUMA OUTRA MULHER É UM CONVITE.

3 comentários:

  1. Querida Lana,

    Há tempos acompanho seu blog e ele se tornou um dos meus lugares favoritos. Você tem o dom da escrita, menina. E eu sempre fico ansiosa por uma postagem nova.
    Sinto muito por ela se tratar de um assunto tão desagradável e tão ignorado por tanta gente. Receba meu apoio, se te servir de alguma ajuda. O medo de andar sozinha nas ruas é só uma das evidências desse machismo nojento. Não entendo como as pessoas podem não fazer nada e deixar que as vítimas se sintam tão impotentes e humilhadas, como você disse.
    Mais uma vez, receba meu apoio e todo o meu carinho. Que o Feminismo ganhe forças cada dia mais para que esse tipo de situação não se repita.
    Um beijo.

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  2. Olá Bianca,

    Não sei se verá isso, mas decidi responder por aqui mesmo... (espero que você veja!)

    Eu estou em um hiato literário danado e estou lutando comigo mesma para voltar a escrever.
    Gostei muito de ler seu comentário, sério, gostei tanto que até escrevi um texto novo!

    Espero que você goste.
    Obrigada por todo apoio, tanto no quesito incentivo a escrever, quanto no quesito ombro amigo depois de um trauma.

    Grande abraço.

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  3. Fico feliz que o comentário tenha ajudado duas vezes! Hiatos são comuns, mas a inspiração sempre volta. Escrever forçadamente nunca adianta muito, pelo menos não aqui.
    Que a inspiração volte a te alegrar.
    Sempre que tenho um tempinho passo por aqui :)

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