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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Na veia*

Segunda-feira já era costume
Pouco se via ou falava-se
das minhas inquietações,
ou da faca de dois gumes
que é a senhora ansiedade.

Terça-feira é o controle
para não falar demais
ou roer as unhas.
Mas os sorrisos eram espontâneos?
A semana estava caminhando.

Quarta-feira a saudade pulsava nas veias
O cheiro, o beijo, o gosto
e toda a vontade contida
Pulou do meu peito para fora
e tornou-se palavras proferidas.

Quinta-feira o senhor sorriso mora em meus lábios,
uma canção de amor acelera o coração
Sinto que posso correr quantos km forem necessários
para te encontrar.

O ponteiro do relógio parece não cooperar
o dia custa a passar.
Mas está tudo bem, amanhã você chegará!

Sexta-feira vamos escrever juntos,
mas não no papel.
Traçaremos todas as ações de ternura e amor
que antes foram contidas pela espera.

Um poema sobre ansiedade
mas muito mais sobre a saudade.
E a vontade de te ter aqui;
Bonito
Sereno
Sorrindo.

De que importa a falta de rima e métrica quando é possível falar com o coração?

O (pseudo) poema recebeu esse título pois foi a música do Cordel de Fogo Encantando que me inspirou.

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