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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Despindo-me com as Palavras


Se meus dedos pudessem escrever tudo que eu senti de bonito nos últimos dias, vocês leriam uma dissertação imensa que ilustraria um mundo de amor aqui no meu peito. Eu sempre soube escrever sobre coisas tristes, porque doem na alma e faz você querer colocar tudo que está sentindo "para fora". Mas a felicidade, ah! Essa danada, faz com que eu queira guardar tudo aqui, cada lembrancinha, como fotos de um mural. Mas eu sei o quão o tempo é traiçoeiro, e vai apagando tudo devagarzinho ao longo dos anos. Quando você percebe, não há mais tantos detalhes, há somente vestígios de dias bonitos. Por essa razão eu escrevo sobre hoje, ontem e anteontem... Eu quero eternizar esse momento. Quero eternizar as pessoas que tem me feito bem.
Nesse final de semana eu vi aproximadamente quarente pessoas envolta de uma mesa gritando "feliz aniversário" e olhando para mim. Juro que não acreditei! Passei um tempo sem crer em amizade, e agora esse sentimento voltou com muita intensidade. Cada uma daquelas pessoas é como uma estrela. Ainda há pessoas de bom coração no mundo. Não digo isso somente pela surpresa que fizeram, mas também, por tudo que elas fazem pelo mundo. Belchior diz na música Alucinação "Amar e mudar as coisas me interessa mais" e essa pessoas seguem essa linha de pensamento. 
Mais do que conhecimento para o vestibular, eu ganhei pessoas incríveis na minha vida com o cursinho.
Além disso, há uma coisa chamada amor...
Jurei algumas vezes que o romantismo estava perdido! Que nesse mundo todo, não havia mais quem valorizassem uma carta de amor, beijos intensos em reencontros e mais um monte de coisas que as pessoas chamam de "brega"...
Até eu conhecer um rapaz muito bonito, no qual a história eu já contei um pedacinho aqui.
A chegada do amor acontece nas horas menos esperadas, tira o fôlego, te mostra o significado das letras de músicas românticas e te leva pra outra dimensão. 
Há intensidade nos sorrisos, nos beijos e em toda intimidade dos mais simples gestos. 
Esse rapaz desperta em mim vontade de ser melhor.
Algumas horas atrás eu estava olhando seu sorriso e fiquei refletindo sobre como alguém podia me fazer tão feliz com o simples gesto de sorrir. Eu queria que meus olhos fotografassem cada pedacinho desse rapaz. Cada detalhe seu é como uma obra de arte. 
Até o beijo de "até logo" na rodoviária brota em meu peito coisas lindas, e gostinho de quero mais eu, você, nós no futuro. Há quem diga que isso é bobo, louco, perda de tempo... Eu digo que isso,  é todo o meu ser, e consome todas as minhas vísceras, isso é o amor correndo em minhas veias. 
Eu temia toda minha sensibilidade, hoje eu lamento por quem não soube lidar com ela, e lamento um pouquinho até por mim, que deixei de gostar da minha essência por coisas pequenas. 
Eu queria poder escrever sobre tudo isso com menos clareza, depois dos acontecimentos passados, eu perdi a vontade de abrir sobre minha vida em páginas da internet, além do mais, sempre que eu escrevo sinto como se estivesse me despindo para desconhecidos. Despindo minha pele e mostrando minha alma. 
Porém, esse dilema faz eu voltar para o ponto de partida: A necessidade de eternizar em palavras os ultimos acontecimentos.
Hoje eu estou escrevendo sem compromisso com a estética, com o enredo, começo, meio e fim da história, hoje, nessa noite brilhante só possuo compromisso comigo mesma e com todos os sentimentos que transbordam para as palavras e fazem sair água salgada de meus olhos. Sem medo do que os outros vão pensar.
O disco de vinil continua a tocar, está quase no fim, o incenso (na embalagem dizia que era para a inspiração, não sei se funcionou) também está acabando e eu preciso dormir pois minhas férias terminaram. Tem um sorriso morando no meu rosto.

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