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quinta-feira, 20 de maio de 2010

De linho nobre e pura seda

Ônibus, carros em ritmo acelerado, pessoas passando umas pelas outras, sem mesmo reparar quem é aquele estranho que transita com você. Eu também não reparo. Aliás não reparo em quase nada. Eu estava olhando para ver seu meu ônibus vinha. Dentre muitas pessoas eu vi um rosto familiar. Deduzi ser coisa da minha cabeça. Estava longe e eu sou míope. Logo ela foi se aproximando. Cabelo encaracolado, trajava um sobretudo não muito comprido preto, e ainda era baixinha; do mesmo jeito que eu havia conhecido-a. Logo reconheci. Ela demorou à me reconhecer, e quando finalmente notou quem eu era, me abraçou, tão forte. Eu não queria soltá-la. Conhecia aquela sensação. Chamava-se ''matar as saudades''. Houve uma época na qual a saudade me sufocava. Mas aí eu fui aprendendo a conviver com ela, pra que ela não me destruísse. Conversamos um bocado e rimos de nossas mudanças. Não houve muito tempo para conversa. Tanto eu quanto ela precisávamos seguir nosso caminho. Na despedida nos abraçamos enumeras vezes e eu não continha o sorriso que insistia em esboçar-se em meus lábios. ''Tchau''. Eu disse com a voz fraca. Que mais significou como um ''vou sentir sua falta todos os dias, como sempre senti''. E ela se foi, mas deixou comigo a lembrança de que quando tudo parece perdido, há sempre um caminho novo. E que nem sempre os problemas do presente precisam apagar as coisas do passado. Vou confessar que nem acreditava mais em amizade, estava descrente de tudo. As pessoas baseiam-se demais no amor, idealizam ele de uma forma que me parece utopia. Isso aconteceu á meu ver com a amizade também. Nem sempre amiga é aquela que você vê sempre. Tampouco aquela que está todo dia a seu lado, lhe dando conselhos ou até mesmo querendo ser parte de você. Amiga pode ser aquela que um dia, lhe trouxe conforto; um abraço espontâneo. Um sorriso num final de tarde. Em dois anos a Kaysy me trouxe muita coisa. Que meu presente não apaga, nem os sinais de que o futuro não será fácil. Estou aprendendo a construir um mundo dentro de mim. Onde o rancor que eu tinha de quem me fez mal, está sendo apagado aos poucos e sendo substituído por todos sentimentos positivos que um dia eu recebi. "Teremos coisas bonitas pra contar. ... Temos muito ainda por fazer. Não olhe pra trás. Apenas começamos. ..."

3 comentários:

  1. Muito profundo e significativo seu texto, realmente, amigos podem aparecer quando mais precisamos deles sem mesmo saber :*

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  2. oiie,
    q tempo q num venho aqui..
    to seguindo vc no twitter
    o meu é @biaxinha
    beeeeeeeeeeeeijos fofa

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  3. man, amei o texto e seu blog é realmente perfeito. seguindo!

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