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terça-feira, 12 de novembro de 2013

SufocoSUFOCOsufocoSUFOCO

Colocaram um saco de pão na minha cabeça.
No sentindo literal, claro... Que não.
Só sinto que estou sufocando todas minhas esperanças, e tudo está se despedaçando aos poucos. Inclusive as coisas boas que eu achava ter dentro de mim.

Eis que o relógio toca as seis da manhã, eu me reviro na cama, reviro os olhos, reviro tudo, pra achar bem lá no fundo, a vontade de levantar da cama. Encontro-a, toda sonolenta.
Coloco pra tocar uma música qualquer que na maioria das vezes lembra nós.  Essa mania que seres humanos do tipo sanguíneo "sentimental ++" tipo eu, tem de ser agarrar a tudo que aqueça o coração e remeta ao amor.
Trabalho mal humorada, com o meu lado político inquieto por sentir que estou traindo todos os meus ideias me submetendo a um emprego que reproduz tudo que eu não acredito.  Ai eu lembro das minhas contas e lembro que infelizmente vivemos em um sistema que não me permite escolher o tempo todo onde quero trabalhar.
E a rotina se repete em escadas, café, crianças correndo, desenhos bonitinhos, abraços aconchegantes, xerox para tirar, pressão psicológica pra sentir e o ponteiro do relógio que demora para se deslocar.
(Eu queria conseguir chorar. Ou mandar tudo a merda e viver da minha arte... OPA! Eu não tenho arte.)
Vou para casa, almoço, luto com todas as minhas células pulsando pedindo para eu deitar na cama e dormir. 
Demoro bastante pra chegar na Unicamp pra estudar, estudar, estudar ou fingir que estou estudando (como agora).
E a rotina se repete entre escadas, árvores, as flores bonitas da primavera no campus, sorriso de amigas, debate político, vontade de ser abraçada.
(Eu quero chorar!)
Colocaram um saco de pão na minha cabeça e é como se ele se apertasse lentamente a cada dia. Ou se transformasse em uma sacola plástica e tirasse o ar...

D E V A G A R
D  E   V A G AAR
Sinto que não posso mais segurar certas coisas, sinto que não consigo lidar com meus próprios sentimentos e isso é a pior das dores.
Não conseguir cuidar de si mesmo. É realmente a pior das dores.
Então eu resolvi escrever! Pra ninguém ler, e pra ninguém precisar ouvir.
Antes que eu não consiga mais suportar.
"Sou ao mesmo tempo a minha melhor e pior companhia!
Dá vontade de escrever, te falar, sussurrar baixinho: não solta da minha mão.
E ao contrário do que já, já vi fazerem e até já fiz, isso não é uma queixa, é só um desabafo, do tipo, preciso me encontrar, pra não me perder de nós.

Quero assistir ao sol nascer

Ver as águas dos rios correr

Ouvir os pássaros cantar

Eu quero nascer
Quero viver...
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