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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quando o tempo não passar, dentro de nós...

Cada hora é como uma semana.

A água morna banhava todo meu corpo, ali eu tentava esquecer de todos os fatos, de tudo que a vida me enfiou goela a baixo. Mas de nada adiantava, cada vez que eu fechava os olhos, as lembranças vinham, malditas lembranças persistentes que insistem em voltar. Pudera eu aquecer todo aquele vazio interior, precisava amenizar a dor da realidade que foi entregue á mim. Mesmo de todas aquelas provas, mesmo depois de tudo que eu havia feito por aquelas pessoas que diziam me amar, nada funcionou, nada adiantou, e o que eu ganhei foi apenas a destruição de sentimentos puros. Toda aquela tristeza que jorrava do meu coração, fez com que eu abrisse os olhos, e me lembrasse da confiança, a confiança em mim mesma. Custei a perceber que mesmo cercada de pessoas confiantes, só devemos confiar em nós mesmos. Fui desligando o chuveiro, saí do box, me troquei e fui para meu quarto; deitei na cama e fechei os olhos novamente, mesmo sabendo que as lembranças voltariam, permanecer com eles abertos não mudaria em nada. Eu só queria ter asas naquele momento, para voar e sentar em um lugar bem alto, observar as luzes da cidade, me sentir livre, completamente livre, mesmo presa a todos esses sentimentos. Eu olharia para a lua, e perceberia, que ela ali, mesmo pouco acompanhada, hora rodeada de estrelas, hora solitária, nunca deixou seu brilho apagar.

6 comentários:

  1. Bom, vou fazer um comentário decente.
    1º- Gosto desse tipo de narrativa onde não tem exatamente personagens e onde você usa situações para explicar o que sente.
    2º- E a Lua nunca deixou a sua luz apagar, porque o Sol é quem a faz brilhar. Ou seja, até mesmo a Lua precisa de algo para brilhar sempre mais, podemos nos considerar solitários em certos momentos, mas sempre temos alguém que nos faz brilhar, mesmo que a gente não perceba.
    3º- Continue sempre com o Blog, que ai eu sempre passo aqui!

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  2. Que lindo seu texto!
    É muito ruim quando somos aprisionados por esses sentimentos,
    mas é importante que seu brilho não apague mesmo.
    Estou seguindo, beijos...*

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  3. Lendo o seu post hj, me fez lembrar de muitas coisas, mas especialmente de uma musica que eu levo para minha vida. Talvez vc nem conheça a banda já que ela terminou em 1992, mas essa musica mudou muito algumas vezes o rumo minha vida. [Blind Melon - Change]
    Primeira vez que leio seu blog, vc está de parabens e ganhou mais um seguidor fiel... Bjoss =^^=

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  4. Sublime.

    Vc, em poucas palavras descreveu todo um momento intenso e que vem se arrastando lentamente em minha caminhada.
    Sensacional, Andrea. Parabéns.

    enquanto lia suas entrelinhas estava ouvindo uma música e acho que esta pode se encaixar aqui:

    "É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
    É preciso inventar de novo o amor"
    Carta ao Tom.

    Ah, obg pela sua lembrança e pelo carinho no fatoSempalavras. Extremamente lisonjeado.

    Incontáveis abraços.

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  5. Teu texto ficou lindo guria, a íltima frase então... me arrepiou até o dedo mindinho ><
    Lindo demais teu blog, adorei.
    Beijos.

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  6. As vezes me pergunto por que comentar no blog que faz sucesso se a autoria não prestaria atenção no meu simples comentário. Mas, de fato, não pude deixar de comentar dessa vez. Leio seu blog quase sempre e quase nunca posto. Não sei porque postou isso, mas falando como alguém que as vezes cai na real de que caminha sozinha, digo que 1) não precisamos de ninguém. temos que aprender a buscar a felicidade dentro de nós. é o mais mágico em se estar só
    2)o que, na realidade, nos faz ver que nunca estivemos. nem nós, nem a lua. se as estrelas não estão ali nem as nuvens, os olhos dos apaixonados fazem companhia para ela
    parabéns pelo blog. beijos :*

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